terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Meu amigo que se foi........


Sinto tua falta como se fosse parte minha, como um irmão, um filho, um primo ou um amigo que me queria e eu queria bem tb.
Ouvistes meus dramas, minhas confissões e até os meus melhores segredos. Sabias quando eu estava triste, de tpm, feliz, bêbada e até quando descontrolada não deixava sua alimentação faltar ou água....ou até mesmo meu filho....seus banhos de sábado e as brincadeiras com a tolaha em que sempre queria tomar de mim..minha diversão, meu amor, minha paixão, fostes como um filho, uma parte de mim, algo que hoje permanece vazio.......
meu coração eternamente terá suas lembranças e sentirá saudades.......

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

È só isso




Agora eu entendo a importância de o carro ter um rádio que funcione.
Agora eu entendo como é caro ter carro.
E como é bom ir trabalhar de carro.
E voltar pra casa ouvindo música. No som do carro.

Agora eu entendo como faz falta homem e vinho num sábado à noite.
Agora eu entendo a falta que faz aquele homem na minha cama.
E na minha vida. No momento em que eu esquento a água para o chimarrão.
No domingo de manhã, quando é hora de comprar o jornal. E de ler o jornal.
Porque ler o jornal junto no domingo de manhã é uma das coisas mais preciosas da vida.

Agora eu entendo quem gosta de Fórmula 1.
Agora eu entendo quem não gosta de ler. Mas ainda não consigo perdoar.
Agora eu entendo um pouco de economia. Mas ainda acho tudo muito chato.
Agora eu entendo quem não cozinha.

Agora eu penso em comprar um apartamento.
Em não jogar uma montanha de dinheiro no lixo pagando aluguel.
Agora eu penso em como estará a minha vida daqui a cinco anos.
Tento planejar. Tento executar.
Não há mais quem resolva os problemas por mim.
Agora é comigo.

Agora eu penso que bom mesmo teria sido nascer sabendo.
Porque entender demora. E aprender com os erros é uma chatice.
Perde-se tempo, afeto, dinheiro.
Perde-se oportunidades. Horas de sonos. Perde-se a paz.

Talvez em cinco anos eu entenda quem decide ter filhos.
Quem larga tudo em nome do amor.
Quem passa uma vida acreditando que o ser humano muda para melhor.

Talvez eu saia por aí dizendo: agora é diferente.
Com propriedade. Com verdade. Com convicção.
Sem a impressão de ter decidido colar-me ao molde, vestir o uniforme, dançar no compasso.
Porque agora sou eu que determino o compasso.
Demorou. Aprendi. E agora é comigo.