quarta-feira, 28 de abril de 2021

Desabafo noturno em tempos de pandemia

 Eu não sou uma pessoa rara, talvez esta pessoa seja outra pessoa. Tenho defeitos, me esforço para não sentir mais nada além, nada que se estenda demais. Tudo é racionalmente controlado por uma frieza que não faz parte de mim, mas é por ela, exclusivamente, que estou aqui: firme e forte! Sonhos que não são os meus, não pretendo apagar, mas os meus me exigem muita disciplina para acontecerem. Você pode me julgar egoísta, mas é na minha garganta que está o nó. 

Nunca me disseram muito sobre a vida, me amedrontaram a não ir contra o meu destino, mas eu fui. E cá estou eu, só praticamente, vendo pessoas que sabem o meu nome, mas não sabem sobre o que sinto. E sinceramente, sinto o suficiente para me pressionar, me questionar, me maltratar. Eu não tenho ninguém neste momento para dividir os meus medos. A única pessoa que eu achei que poderia me sentir a vontade, não está bem...ao contrário, tudo que eu falo é ouvido como antes pela minha mãe, sempre errado, sempre negativo, sempre ruim. Não quero me sentir o monstro de ninguém. Eu só queria não estar passando pelas mesmas dores o tempo todo, porque elas são vivas dentro de mim e não gosto de permitir nada que a desperte. Chega de perder pessoas e com elas, irem toda a esperança de fazer e sentir o bem, a mudança, os sonhos se realizando.