domingo, 30 de maio de 2010

Depois de 6 anos.........





Fazia 6 anos que eu não chorava assim... eu queria morrer nesse exato momento pra dor sumir, queria que qualquer coisa me ajuda-se, mas a unica coisa que pensava era em você entrando pela porta daquela casa me abraçando...

Isso nunca vai acontecer, pelo jeito não sou ninguem merecedora disso... acho que sou alguem merecedora de dor, por amar... por fazer o que faço, queria apenas fazer a diferença, mas não dessa forma...

Lagrimas sentada no chão do box do chuveiro, olho embasado sem conseguir enxergar nada... corpo fervendo em uma vontade que quase chega a explodir, eu definitivamente cheguei ao meu limite... o limite que eu faria de tudo pra uma pessoa... e isso não é bom, pois estou ficando louca.. ultimamente meu mundo está girando ao seu redor... e mesmo tentando não consigo parar... mesmo assim, não posso desistir... mas hoje... eu não posso fazer mais nada, todas minhas energias se esgotaram... virei poeira e vento, não sei mais o que estou pensando... entrei no modo "itachi", preciso de um descanso... se eu não fizesse isso... com toda certeza, estaria chorando ate agora... e meu lado emocional só faz mal para as pessoas...


Eu não posso acabar com todos os seus problemas, dúvidas, medos ou sofrimentos, mαs eu posso ouvir você e juntos podemos encontrar soluções pra tudo isso. eu não posso αpαgαr αs mágoas e αs dores do seu passado e nem posso decidir qual serά o seu futuro, mas no presente eu posso estar com você sempre que precisar de mim. Eu não posso impedir que você leve tombos, mas posso oferecer minha mão para você segurar e levantar-se. Suas αlegriαs, triunfos e sucessos não me pertencem, mas seus risos e sorrisos fazem parte dos meus maiores bens. não é dα minha vontade tomar decisões por você, nem posso julgar suas decisões, mas posso apoiar, encorajar e ajudar se você me pedir. eu não posso salvar o seu corαção de ser partido pela dor, pela mάgoa, perda ou tristeza, mas posso chorar com você e te ajudar a encontrar um caminho seguro. eu não posso dizer quem você é ou como deveria ser, mas eu posso amar você para sempre.
Talvez isso mostre o tanto que sou insignificante... hoje eu preciso de um abraço, mas a unica coisa que fiz foi abraçar o vento e desmoronar no chão da minha sala...
Hoje eu me vejo apenas como uma pessoa que desaponta pessoas....que queria dormir abraçado ao som da chuva caindo, mas a única pessoa que pensa nisso sou eu. Talvez a única que sinta alguma coisa nesta história toda.
Já me senti assim uma vez, isso se chama impotência ...e nem a vontade dela, como dizia Nietzsche ...eu não tenho mais.
E é verdade que eu imagine que teu coração esteja tão longe que eu não possa alcançar e que já não sinta, pela distância o amor que vem do meu.
Estou sufocada e nem deixar você me ouvir chorar´, posso mais; porque simplesmente você vai reclamar, vai julgar, sem ao menos tentar entender a razão desta dor.
Calamidade, eu realmente precisava escrever para assim, deitar ao teu lado e fingir que você não está lá, simplesmente para meu carinho não te incomodar.
A vontade de te abraçar não fazer você perder o conforto de seu sono.
Mas amanhã, você acorda, se arruma, nem me beija, nem me abraça, dirá adeus simplesmente sem medo ou dó daquilo que me faz falta.
E assim começa meu novo dia, minha nova semana cheia de decisões, preocupações, ocupações, e mais uma vez recomeço com a esperança de um dia você perceber que eu existia ao seu lado esse tempo todo e você simplesmente vai deixar pra mais tarde desejar ter alguém como eu aqui...onde exatamente eu estou.
31/05/2010
03:25 hs

Adriene

segunda-feira, 17 de maio de 2010

andança



em meio ao mar: ser mais febril e meio. no meio, amar: almar-me além do meio. no estalo da carne sem esteio. no estorvo da dor - eu me contraio. meus comigos de para-raio. tendões à flor da pele em cheio. chuva no céu que caio. eu me dissipo. eu, meu discípulo. e me nego três vezes antes do galo cantar. meio mar me dano, me aceno, me enveneno. queimo, aciono, enceno. faço aziar um copo de água e Eno. engulo as chaves da prisão... me condeno. culpado por sentir. por chorar. meio mar a melar. marmelo de sal. os dentes rangem a sós. no céu da boca, desfeitura de nós. voz da garganta. grita que corre. voa que canta. abismada voz. a mão na queimadura do verso. no abscesso da alma. calma, meu filho ... calma. o rio há de chegar pra molhar. e secar esse trauma.calma alma minha que minha calma abafa essa andança e para teu pé cansado sempre há de ter um conforto jogado entre as esquinas.

Boneca de pano


É a vida passa

Nas voltas dos ponteiros

Vão os dias

Sem despedir

A noite fica fria

E os sonhos sem luz

O futuro amedronta

A garota que cresceu

Sem estar pronta

Garota da boneca de pano

Mulher de muitos planos

Planos que não passam de planos.

Sonhos que não saem do travesseiro.

Boneca de pano no abandono.

Menina de rua, quase nua.

Coração solitário! Alma sem dono.

Ela tem como teto o sol e a lua.

Ironia do destino! Ela não tem ninguém.

Boneca e bonecas! Solidão tão crua.

Solidão a caminho! Lágrimas e espinhos.

Ela e a lua! Ela e o sol nas ruas.

Ela não tem ninguém, podia ser sua.

Boneca de pano, largada no canto.

Solitária, crua.

Com uma pedra no peito, com o olhar nas ruas.

Com o coração nos planos e alma tão sua.




Adri.

O blog estava dormindo! ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ


Evaporei sem deixar rastros ou sinais de fumaça, admito, mas uns meses depois explico o por que: descobri empiricamente o quanto o tempo pode ser algo raro e precioso.
A faculdade tem me sugado mais do que estou disposta a oferecer, mesmo assim não tem sido o bastante e como ainda tenho que trabalhar (toda a minha esperança depositada em sorteios da mega-sena foi frustrada), os cortes no relógio sobraram para a minha vida social e ponto.com. Sei que sacrifícios em alguns momentos são necessários, entretanto eles não me agradam nem um pouco.
Mas vivo ainda estou e com saudades. De amigos que tenho por aqui e dessa sensação libertadora que é poder blogar, escrever é terapêutico, digo e repito, e foi algo que me fez muita falta durante o ano de 2009. Por que uma vez blogueira, bloga-se para sempre, li algo parecido em um dos blogs da Iza e agora sei o quanto é verdadeiro.
Psiu! Silencio!