terça-feira, 14 de maio de 2013
Conversa de Botas Batidas
- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- a gente só queria o amor...
- Deus parece às vezes se esquecer
- ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
que a gente vai passar
- Veja você, onde é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder...
- E se amar, se amar até o fim
- sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas
não ter o seu lugar
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
e agora está de bem
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas
não ter o seu lugar
Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além. Vão dizer
que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela
vai cair
Era Você Vanessa da Mata
Naquela rua
Movimentada
Meu corpo passa
Naquele beco
Naquela praça
Os meus pés
Descalços
Morenos
Parados
Marchando
Meus olhos pequenos
Pararam de amar
Naquela rua
Movimentada
Era você
Naquele beco
Naquela praça
Deixei de ser
Moleca
Morena
Bonita
Um sonho
Meus olhos
Meus planos
Deixaram de amar
(2x)
Parei de amar
Se Deus quiser e me cuidar
Meu coração vai andar
Na paz que eu tanto quero
Parei de amar
Naquele caso era justo
Naquele amor tão sofrido
Amava com solidão
Moleca
Morena
Bonita
Um sonho
Meus olhos
Meus planos
Deixaram de amar
Meu lar
Meu coração
Meu doce corpo são
Minha voz
Sem nó
Minha luz
Nenhuma armadilha dessa estrada vai me fazer sofrer
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Liberta
Decidida a não mais arcar com aquela presença ou com as conseqüências dela, despiu-se do manto negro que a esquentara e acolhera durante tempos, desnudando sem receios as fraquezas que ainda escondia. Se viu grande, enfim! Liberta da sujeição da companhia de outrora, seguiu sozinha sem o peso etéreo acinzentado do passado que deveras a consumiu. Como pluma ao vento, deslizava livre por entre as entranhas e desejos de si, flutuava através do que construía de novo sobre aquela desconstrução antiga; se fazia mais por refazer-se do menos que tornara-se, alimentando o mais que podia ser. Se descobriu capaz por ser capaz, se viu forte por ser forte. E o doce se fez mais doce, assim como o amargo se fez deliciosamente mais amargo… Repentinamente apagou a brasa da morte sem nenhum arrependimento pelos tempos de suicídio vividos até então; inesperadamente acendeu a chama da vida. Pra surpresa dos incrédulos, eclodiu acesa!
***
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