Talvez até hoje eu tenha me questionado sobre o que sentir.
Disse a mim mesma, muitas vezes que seria o melhor possìvel, sempre tentei não me perder.
Mas há uma diferença entre o mundo que você projeta e aquele que te dão para viver. Confesso: este é o pior de todos.
Principalmente, quando se amadurece e se sabe exatamente o pingo de cada " i ".
Eu sei falar de mim, me reconhecer, mas é dificil muito dificil externar isso, seja da forma que for. NÃO CONSIGO DISTRIBUIR A DOR QUE SINTO. ELA ME DÓI, ME FERE E ME ENVERGONHA.
Talvez por não ser ainda forte o suficiente, mas ainda que isso, por reconhecer-me assim.
Perdi algo, mais do que essencial. PERDI.
Para todas as maldades do mundo!
Que fiquem claras, eu lutei contra elas e agora, luto apenas para nâo me tornar aquele monstro, que Nietszche já dizia, que se combatesse era para ter cuidado, para não se tornar um.
É foda ser sensível o suficiente, para compreender cada delito dos outros, cada dor e não ter a capacidade de distribuir isso como fazem.
É, eu estou num processo dolorido, muito mesmo, maior do que imaginava viver, mas algo lá dentro ainda me diz, que tem um outro dia.
Só que ando bem cansada, de esperar por ele.
Obrigada por ser útil ao mundo e ser para ele um inverso.
Algo que se mata, mas não é capaz de matar a ninguém, se não a sí mesmo.
Hoje, morri mais um pouco, tenho medo apenas, de desapontar a quem me atribuiu a sua melhor aposta.
Não sei mais o que escrever, apenas sei sentir. E realmente , o que pode ser virtude para um outro, sentir para a minha vida, tem sido de um pesar. Como uma corrente que me arrasta.
Só apenas não sei, ainda, para onde.
Eu sou esta criança, com o olhar perdido, com mais medo do que antes do parto. Muito mais!
Aconteça o que acontecer, quero poder vir aqui, lembrar que esta pessoa, tão extraordinária, um dia resistiu, até onde pode, com certeza.
Tenho um profundo orgulho do que sou agora, espero com sinceridade, ler isso depois e continuar a sentir a mesma coisa. Este foi o meu lado mais bonito, que talvez, nunca mais consiga existir.
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