Carrego-me às costas, sem me poder livrar de mim. Aperto os sentidos para me afastar. Chove lá fora e cá dentro. Faz frio.
Entreguei-me ao tempo como exilada de mim própria.
Fico, irremedialvelmente, em mim.
Na vida que tenho e no que não tenho.
No que faço, no que não faço e no que quero fazer.
Por vezes escondo-me... porque é mais fácil.
Fico na vida. Por opção? Ou porque é mesmo assim?
Sei que vou chegar ao meu lugar, um dia.
Mas a alma fraqueja e o corpo fica quieto.
Sei que vou chegar ao meu lugar.
Pena que não seja hoje.
Não é hoje.
É certo.
Sei que um dia verei alguém através de alguém e..
meus olhos nos olhos de outro,
minha carne no sabor de outra típica boca
meu cheiro nos sentidos de outra pessoa
e meu ser dentre tantos muitos.
Morro e doou tudo o que é meu, só me deixem meus olhos, para que eu veja meu caminho de paz.
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