terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PLUMA JAPONESA - inflorescência magenta




Rasgaste o instante com a tenuidade do vento e acendeste-me a vida
com alvoradas de espanto.
e ocasos de luz foste mariposa breve,na papoila púrpura que trazia na mão
Com o silêncio exemplar, dos momentos ímpares,coraste de resplendor a paisagem sombria de meu ser imperfeito.
E o tempo prometido não chega, detém-se frígido e dolente em valados de lembranças,
desfalecido de ímpetos tempo hirto e insofrido que encobre desleal meus sonhos incumpridos.
È nosso o instante em que nos rendemos, a mil carícias abrasadas,
suadas de melífluo querer a estremecer na língua alvoroçada de paixão.
È nossa a hora em que tua alma se tatua na minha pele impaciente de ti,
e incendeio teu ser no meu leito de camélias e perfumes de marfim.
é nosso o tempo em que hasteamos a voz e somos universo ímpar quando banhados de ambrósia nossos corpos convulsos,se reconciliam em nós.
È tua a fragrância que seduz o sonho colorido de açucenas, no bouquet de memórias
que agasalho em mim.
Es sempre tu.Que aflora agora os lábios exaltados por anseios admiráveis,
dessa íris que era eu,que admira o fluir dos lirios tão teus.
Fascínio,sinceridade,confiança,acolhimento,e o nascer das folhas o ano todo,
assim os fetos revivem a cada dia,entre os intervalos de nossos pés.



" Endurecer sem perder a ternura "

Adri. 28/12/2010

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