sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nossa toca

Pela relva continuamos a caminhar.
Andamos por campos verdes onde colhemos flores.
Nadamos em rios refrescantes e brincamos de jogar água um no outro.
Mas era sempre a mesma história, sua toca não podia me abrigar e minha toca não podia abrigá-la, sempre com o chegar da noite nos despedíamos com lágrimas nos olhos.
Mas um dia olhando para as estrelas ou correndo atrás das borboletas, não me lembro bem a que hora, tivemos uma luz... Por que continuar isso se podemos mudar ? E percebemos que o que acontecia nada mais era do que comodismo.
Agora estamos a cada dia construindo nossa toca, machucamos nossas patas com a terra que entra debaixo das unhas, talvez ela não esteja profunda o suficiente ainda para nos abrigar... Mas, em breve ela será nossa, só nossa e não haverá mais despedida com o chegar da noite ou a necessidade de nos comunicarmos por sinais de fumaça no meio do dia enquanto o leão não está olhando. E quando voltarmos da festa dos bichos da floresta deitaremos sem preocupação no dia de amanhã.

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