A vida que levamos nos impõe provas o tempo todo e as pessoas com as quais convivemos também. Quando menos esperamos uma peça qualquer nos é pregada ou um tapete nos é puxado e precisamos, seja lá como for, reverter a situação e dar a volta por cima. Piegas? Não, a mais simples realidade; sem palavras bonitas ou demais formas de ornamentação. Viver é isso e conviver com isso acaba por tornar-se quase um dom, que adquirimos no decorrer do percurso. Certo… Nem todos adquirem, mas em sua grande maioria, todos tentam. Bonito é fazer isso de cara limpa, sem trapaças, interesses inúteis ou mesquinharia. Coisa pra pouquíssimos mesmo!
Sem questionamentos em relação aos artifícios da humanidade, algumas pessoas extrapolam, assim como algumas situações também extrapolam. Divagando aqui com minhas supostas heresias, é como se Deus, lá de cima, apontasse o dedo e dissesse: “você, filha da puta. e de novo!” De novo?!… Seja feita vossa vontade, mas comigo, de novo, já te aviso que não vai prestar… A cada tropeção levantar mais inteira, como se tudo fosse parte do todo e na certeza de que não existem vítimas ou coitados; existem situações pelas quais precisamos passar justamente para aprendermos a não ser mais como éramos antes; justamente para seguir em busca de uma evolução que nem todos alcançam, mas que para todos é disponibilizada. E é, não é?!… Tudo pode ser tempestade, ou ser apenas leve calmaria; depende dos olhos que veem. Do Céu ao Inferno, basta um passo mal dado, uma atitude controversa ou uma palavra mal-dita. A vida nos impõe provas como se precisássemos provar algo a ela, mas basta que sejamos algo para nós mesmos, que sejamos justos, que sejamos corretos; entretanto há os que pensam diferente. Nenhuma prova vai além da sabedoria daqueles que sabem viver, e quando digo ‘sabem viver’ não me refiro à malandragem de tantos, não; menciono aqui a coragem de alguns. Isso é força de gente! Isso é mérito que deve ser enaltecido e reverenciado sempre.
Em um mundo onde o errado é tomado como certo, há os que se mantém de pé por usarem outras pessoas como muletas; há os que se julgam fortes por passarem a vida reclusos, fugindo das verdadeiras batalhas; há os que usam do empobrecimento do outro para seu próprio engrandecimento; há os que se julgam únicos por viverem fechados em um universo só seu. E há aqueles que se mostram, que não se omitem, que não exaltam falsas verdades, que não perdem seu tempo com o que é dispensável… Há aqueles que não vêem como certo o errado que os demais defendem. Em oposição aos que vencem por covardia, há os que perdem por coragem. Há quem aja de modo a quanto mais apanhar, mais bater. Pois eu, das porradas que a vida me deu, aprendi uma coisa: eu bato de volta sim, porque não sou tonta e muito menos idiota, mas bato com classe. Em algumas vezes uso de tanta classe que quem toma a porrada não sente seu impacto, só se dá conta depois que o sangue desce.
Um brinde àqueles que caminham aparentemente na contra-mão, mas não apontam a mão contra; um brinde aos que buscam nas entrelinhas o caminho sensato do sucesso justo; um brinde à quem sabe viver sem denegrir outras vidas; um brinde a quem reconhece a força que tem (e sabe que tem!) e a reverte em prol de vida digna. Pra quem não foge da vida e não permite que a vida fuja de si, pra quem consegue ser ainda que meio mundo tente mostrar o contrário, pra quem é gente e, certamente, é mais gente que muita gente…
terça-feira, 30 de abril de 2013
A vida que levamos nos impõe provas o tempo todo e as pessoas com as quais convivemos também. Quando menos esperamos uma peça qualquer nos é pregada ou um tapete nos é puxado e precisamos, seja lá como for, reverter a situação e dar a volta por cima. Piegas? Não, a mais simples realidade; sem palavras bonitas ou demais formas de ornamentação. Viver é isso e conviver com isso acaba por tornar-se quase um dom, que adquirimos no decorrer do percurso. Certo… Nem todos adquirem, mas em sua grande maioria, todos tentam. Bonito é fazer isso de cara limpa, sem trapaças, interesses inúteis ou mesquinharia. Coisa pra pouquíssimos mesmo!
Sem questionamentos em relação aos artifícios da humanidade, algumas pessoas extrapolam, assim como algumas situações também extrapolam. Divagando aqui com minhas supostas heresias, é como se Deus, lá de cima, apontasse o dedo e dissesse: “você, filha da puta. e de novo!” De novo?!… Seja feita vossa vontade, mas comigo, de novo, já te aviso que não vai prestar… A cada tropeção levantar mais inteira, como se tudo fosse parte do todo e na certeza de que não existem vítimas ou coitados; existem situações pelas quais precisamos passar justamente para aprendermos a não ser mais como éramos antes; justamente para seguir em busca de uma evolução que nem todos alcançam, mas que para todos é disponibilizada. E é, não é?!… Tudo pode ser tempestade, ou ser apenas leve calmaria; depende dos olhos que veem. Do Céu ao Inferno, basta um passo mal dado, uma atitude controversa ou uma palavra mal-dita. A vida nos impõe provas como se precisássemos provar algo a ela, mas basta que sejamos algo para nós mesmos, que sejamos justos, que sejamos corretos; entretanto há os que pensam diferente. Nenhuma prova vai além da sabedoria daqueles que sabem viver, e quando digo ‘sabem viver’ não me refiro à malandragem de tantos, não; menciono aqui a coragem de alguns. Isso é força de gente! Isso é mérito que deve ser enaltecido e reverenciado sempre.
Em um mundo onde o errado é tomado como certo, há os que se mantém de pé por usarem outras pessoas como muletas; há os que se julgam fortes por passarem a vida reclusos, fugindo das verdadeiras batalhas; há os que usam do empobrecimento do outro para seu próprio engrandecimento; há os que se julgam únicos por viverem fechados em um universo só seu. E há aqueles que se mostram, que não se omitem, que não exaltam falsas verdades, que não perdem seu tempo com o que é dispensável… Há aqueles que não vêem como certo o errado que os demais defendem. Em oposição aos que vencem por covardia, há os que perdem por coragem. Há quem aja de modo a quanto mais apanhar, mais bater. Pois eu, das porradas que a vida me deu, aprendi uma coisa: eu bato de volta sim, porque não sou tonta e muito menos idiota, mas bato com classe. Em algumas vezes uso de tanta classe que quem toma a porrada não sente seu impacto, só se dá conta depois que o sangue desce.
Um brinde àqueles que caminham aparentemente na contra-mão, mas não apontam a mão contra; um brinde aos que buscam nas entrelinhas o caminho sensato do sucesso justo; um brinde à quem sabe viver sem denegrir outras vidas; um brinde a quem reconhece a força que tem (e sabe que tem!) e a reverte em prol de vida digna. Pra quem não foge da vida e não permite que a vida fuja de si, pra quem consegue ser ainda que meio mundo tente mostrar o contrário, pra quem é gente e, certamente, é mais gente que muita gente…
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Antes do tempo
Como se houvesse respaldo para ser menos do que era, insistia em não ser mesmo que ainda o fosse. Como se o tempo servisse como base, criava alicerces frágeis em cima dos momentos pequenos e desabáveis. Como se as horas nada significassem, apenas sentava e as via passar… Como se as notas musicais não emitissem mais sons, como se os desejos não mais solidificassem esperanças, como se as palavras faltassem, como se as lágrimas abafadas pudessem redimir o sentimento, como se o medo pudesse trilhar estradas, vagava entre o ontem e o nunca mais sem desligar-se do talvez.
Quanto mais tentava, menos conseguia; quanto mais buscava, mais estagnava; quanto mais precisava, menos encontrava. Na paz de um marasmo destorcido, encolhia-se como pétala esturricada, escapava como dormideira ao toque das mãos. Sequer encontrava sombras onde pudesse depositar quaisquer outras sombras das quais quisesse se livrar; apenas o deserto arenoso e seco do futuro incerto e capcioso de amanhãs tortos e sem poesia. Já não sobrara mais nada; não ficara mais nada; nada mais fazia sentido.
Ficou velha antes do tempo. Não sabia ao certo se pela vida que viveu ou por todo o tanto que deixou de viver. Não sabia quando, nem como e nem por que… Ou talvez soubesse, mas omitia por defesa, em cautela de um tempo que já não era mais seu. Dos farrapos esquecidos no passado já não se compunham os trajes de gala; dos sonhos adormecidos, não resplandeciam mais esperanças; nos reflexos opacos não havia brilho algum. Não havia serenatas, nem sorrisos, nem momentos de perdição, nem tédio. Alguma coisa ficou pra trás, deixada, perdida, esquecida, adormecida… Velha, bem antes do tempo.
Das vidas de onde não se leva menos, nem se leva mais… Não se leva. Deixa-se aos que ficam, aos que ainda estão por chegar; deixa-se aos que experimentaram um pouco do que se tentou no muito que se conseguiu; deixa-se aos que ouvirão histórias minhas, histórias nossas, histórias de um tempo onde o impossível se fez real, ganhou formas e virou lembrança. Das vivências, do convívio, dos acontecimentos, ora felizes, ora tristes. Das vidas em que sorrisos sinceros verteram lágrimas; em que planos mirabolantes tornaram-se risadas imediatas; em que soluções transformaram-se em problemas; e em que problemas explodiram em soluções… Das vidas que vivemos o tanto que somos, o muito que fomos, o todo que arregimentamos, a saudade que ficou.
Do tempo que passou ao tempo que está por vir. Do ontem ao hoje, ao amanhã. Do qualquer ao específico; da suposição à constatação. Das partidas, das chegadas; das idas e vindas de todos nós… Das lembranças saudosas que chegam e se apropriam do corpo e da alma. Dos dias sombrios; das noites iluminadas. De tudo que foi escrito na areia, gravado na pedra, inscrito no peito. Dos dezembros sem fim carregados de saudades.
Dos caminhos que se cruzaram no ontem e se estenderam até a eternidade, até o sem fim, até o pra sempre. Das pontes que nos levam, que nos trazem, que te trazem; que ligam pontos e destinos, que cruzam estações, que direcionam os passos. Do vento que afaga, da chuva que consola. Deixa-se aos que se lembram o supremo poder da aproximação; o estar próximo mesmo estando longe; o estar junto, estando já separado. Deixa-se aos que sentem a máxima da plenitude. Deixa-se o querer de quem muito quis; deixa-se a lição do que foi perdido e a posse da conquista. Deixa-se as vidas que existiram em uma vida, que passaram, que ficaram, que ainda estão na lembrança.
Dos antigos dezembros, dos dezembros passados e ainda tão vívidos… Dos dezembros de ontem que não voltam mais… Dos dezembros sem fim carregados de saudade, deixa-se o muito que se foi, o tanto que se fez, das vidas de onde não se leva menos, não se leva mais, mas se deixa além, se deixa muito.
sábado, 6 de abril de 2013
Eu queria ser mais forte!
Como me enganei achando que eu era forte.
Eu sou fraca. Desisto sempre, e não me motivo nunca!
Quando me dão a oportunidade de mudar, eu desisto mais uma vez.
Eu queria ser mais forte, queria conseguir aguentar as barreiras...
Eu ainda quero isso, mas tenho um medo que é maior do que eu.
Eu estou envelhecendo e não estou vendo meus objetivos nem chegarem perto de mim,
talvez porque eu desista deles antes deles começarem a existir realmente....
Se eu pudesse escolher, eu seria mais forte, mais amiga, mais compreensiva, mais ativa, mais profunda.
Mas se eu puder correr - eu corro o quanto antes!
Eu era uma pessoa de personalidade muito forte, determinada e focada. O problema foi crescer tendo tantas decepções. Todas às vezes que eu disse o que pensava, eu me dei mal. Agora eu tenho medo de arriscar, tenho medo de falar, de me expressar e quando eu raramente o faço eu magoo, eu machuco e me extrapolo... Não sei controlar meus sentimentos...
Queria gostar menos de reticências e ter mais pontos finais!
Ando muito impaciente. Fico nervosa à toa. Pra querer morrer não preciso de muito - pois eu não encontro muitos motivos pra querer continuar a viver! Parece que sou sempre um empecilho.
Mas no fundo, eu queria mesmo era me achar.
Me encontrar de alguma forma, e me moldar.
Me tornar alguém especial pra mim, e especial pra alguém...
Me dói não encontrar os resultados em 30 anos de existência.
É claro que possuo amigos que vão me dizer que sou especial de alguma forma para eles ou para outras pessoas, mas não é disto que estou falando...
Eu que nunca fui de me deixar abater por pouca coisa, vejo o quanto eu mudei.
Vejo o quanto eu piorei e declinei no decorrer dos anos.
Este é o problema de ser mimada. Nunca encontrei um objetivo, porque eu nunca realmente precisei... mas agora, eu vejo que não sou nada, nem quero nada... Não tenho nada além de muitas dúvidas do que eu poderia ser!
Mas agora que estou neste barco eu vou até o fim - vamos ver no que dá, se posso ainda melhorar... Quem sabe não seja tão tarde pra me encontrar!
Monólogo Mudo
Uma menina que não sabia falar, escrevendo era melhor, escrevia pra si mesma sempre, escrevia muitas vezes seus segredos, mas isso não tinha importância, pois ninguém lia.
Por não falar ficava imergida, muitas vezes presa a seus pensamentos ou seria livre em meio aos seus devaneios?!? Enfrentava percalços como todo mundo e sabia que as respostas estavam nos mesmos, só não sabia como começar a procurar ou será que já sabia as respostas!?
Carinhosa e amável, altruísta, por vezes áspera e egoísta.
Acreditava demais naquela força superior, mas vivia em meio a pontos de interrogação e tinha muitos "porquês", porque de acontecimentos, perdas, mas ainda assim não deixava de acreditar.
Acreditava, pois via muitas coisas boas entre as ruins, ela só não sabia falar, e às vezes tinha olhos inundados e madrugadas longas demais!
Depois das quase infindáveis madrugadas o sol nascia como todos os dias e ela colocava sua máscara sorridente e saia com um monte de gente e assim os fazia contente!
Tudo isso por que a menina falava demais!
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