Da carne que habita aqui....restou apenas o que existe de tua parte. A parte que não mais o cabe, que segura em mim seu pilar...
Dos tempos sombrios restaram o sangue, a carne em pedaços que nunca vistes ser,
da saliva sobrou o gosto, que não terás a forma sábia de sentir.
Da parte terás o teu espelho, de ser um ser só.
Do corpo terás o retrato, de raiva e rancor,
do orgulho terás o medo, o terror.
Da leveza terás o tempo, pra que queiras ter esperança.
De mim terás a racionalidade, cheia de coisas desespeciais,
do meu ódio terás o receio, que nunca mais encontrarás.
Do teu corpo terá o pedaço que nunca te reconhecerá; porque aqui deixastes uma sombria morte para o ventre que o nutria, e não foi só alma, foi essência,
E tu que me tirastes esta parte que seria agora cabível e essêncial, deixo apenas meu desprezo e o meu querer- te mal.
De joelhos ficaremos diante de algumas ilusões, mas nunca mais nós dois seremos espelho de tuas retratações.
Do meu sangue, ficou a vontade de me ver pulsar ao invez de expandir.
Eu destrui a natureza , os campos de lindas flores que um dia tentastes incendiar, da alma foi feito terraço incapaz de amar.
Da tua parte terás o amargo que não tivestes,
porque de mim será a verdade que ele terá.
Componha suas notas e não esqueça de ser sofrido, porque eis aqui esse caminho, que tu mesmo traçastes e me jogastes no meio, deixando uma alma que já reproduz sons de uma vida, mas que não recebe de mim sequer algo que se difere de humanismo.
E saiba que tudo aquilo que um dia tivestes de mim, pode não ser resgatado e se for jamais saberá, porque não quero mais sentir-me suja, já basta saber que foi assim.
Da opressão atrás o fevor, de recolheres teus pedidos de perdões, por gritos de ironias e revolta.
Nunca mais saberás quem fostes, porque teu pedaço levará contigo a vida inteira, aquilo que não soubestes dar e que fizestes perder-me em algum lugar que não me deixar voltar.
Tenho agora o dissabor do meu ventre, a certeza de minha culpa, e a razão para entender o quanto o perdão era válido para descansar, este perdão que não existe nem pra mim, não estará pra você.
POrque meu corpo reproduz um outro corpo, e ele já sentirá tudo, por falta daquilo que os humanos chamam de amor e que nunca mais ...nunca mais serás capaz de amar...
Tua culpa jogas no vazio, não precisas te justificar.
Vai atras daquela que te amou, cuspa em sua tumba, faça isso por me odiar, porque lá jogo os dejetos de sangue que ainda existe na carne que desseca agora seguindo sem razão, sem conhecer o mundo porque vetastes todo ele, quando quis recomeçar.
Não te odeio pelas culpas, pelos enganos, pelo desamor, te odeio pelo o que falta em mim, que poderia ser o suficiente agora, mas que não é....não porque não existes aqui, mas porque rasgastes minha alma em tempos modernos,
Fizestes do corpo só sangue que transborda em cada olhar,
que faz dominar meus gestos...a vontade de acabar com tudo isso e me levar..para onde ainda existe esperança de Deus existir e dar a este que por parte é nossa, o amor que nãos sei mais sentir.
Eu odeio esses humanos e suas fragilidades porque o meu campo de batalha, só tem desistentes e desconhecidos.
E não adianta compor notas pra o que pensas que te causei, faça ele por tua parte que nunca saberá de ti, é dele que tens culpa de ser o que poderá vir a ser, mas que diante de mim, não terá sequer uma flor colorida, porque o racional vê em preto e branco até que saia do deserto e suba a montanha...e será de lá que ele verá teu rosto, e te desprezará por toda a forma que tirastes dele o caminho que ele teria......do campo de flores, que tu e eu secamos, mas eu estou aqui...seguindo minha luta nas artérias que nutrem , que fortalecem e que dominam como sempre toda a minha vida, só não dispenso de ti...que sejas infeliz por todo o sempre....porque se em algum momento houve algo de bom, vejo que isso apodreceu e uma maçã podre no meio de tantas é capaz de disseminar as outras com sua doença, e esta forma de ver , de sentir, veio dessa disseminação.....e a culpa pelo meu contágio é só minha, mas a culpa do contágio a tua parte é também tua....já que rasgastes em sangue o ser que vivia ao teu lado, e fizestes a pobre alma frágil de corpo débil quase morrer trazendo dentro de si uma nova vida, que sinceramente a mim se resume a um caso de humanidade, e que por isso, será o espelho de nossa solidão.
Mas a pedra que seca se quebra e pode simplesmente interromper umas catástrofe, há em um milhão uma única chence de dar certo, é nela que aposto meus cavalos de forças, minha tropa de lutas....é por este fio que me esforço em sangue, de corpo de alma, para que tudo se transforme....mas será a partir da montanha, por dizeres de outro ser e suas escolhas, que sinceramente, não quero vos iludir.....terá essa mesma dualidade que carrego....porque antes de sentir o que é amor passará pelo amargo da racionalidade, só que ele compreenderá antes de mim e de você ....que seu exército de luta sempre irá proteger seu dominante e que assim ele terá menos tempo pra pensar em querer teus dons artísticos,
O colorido do mundo meu caro, é capaz de existir, mas pra seguir em frente é feita uma escolha...
a de se enganar ou de se matar....
o que me corroi...é que posso não estar aqui quando te ver diante dessa razão, porque eis que o mundo tem dado suas voltas, e meu corpo não é mais aquele que perdi.
Mas como bicho que me transformei, deixo apenas pra ti a certeza de que nunca mais verás ou sentirás o doce de ser importante pra alguém que realmente poderia ser essencial..
...e ele terá suas escolhas sabotadas de suas mentiras, sabotadas de tua traição, alagadas dos teus desprendimentos....e carregará com si, infelizmente, a mesma dor que carreguei por bastante tempo, mas aprenderá desde aqui...bem cedinho...como enfrentar seus medos, seguir em frente e matar a alma....porque esse teu novo mundo colorido...ele não o servirá...porque foi aqui que ele precisou sentir o cheiro das flores, as cores, e o vento....e foi dele e não de mim, que tomastes o amor...quando destes as costas......
O ser que se mostra aqui está em pedaços, de um sangue frio, quente, como a carne fria e mal passada...que ainda assim...sangra....
È nesse sabor que penso em ti....porque o cheiro do café realmente não me tras qualquer lembrança tua.
è por humanismo que sinto as dores que sinto, que alimento minha carne e dissemino minha alma....é por este motivo, pela parte que me falta...que te odeio tanto.....que não quero nem passar no teu canto e perder o tempo sentido alguma coisa, porque para o que era realmente necessário ser profundo, só consigo ser superficial...
Roubastes de mim o sonho, a plenitude...e colocastes uma pedra em cima de nós....esquecestes apenas porque erámos nós..... e juro que no plural disso tudo ...não falo de mim...falo do outro ser que dominavas...que te amava...que tu mesmo fez morrer.
Cospe no túmulo dessa outra, Diga que foi por legítima defesa, a use como sempre fez, porque lá contém exatamente o grande e maior motivo de eu estar tão amarga com quem poderia ser diferente.
Não por mim, pois acho que nem vale a pena, mas pela vida e todo seu real sentido, que pra mim hoje se resume a carne, sem alma, racional....improvável.
Esquece de alguma parte tua que esteja em mim, não se cuide, se iluda,seja comido pelo tempo....mas não resgate nada do que já estou deixando pra tras de nossas vidas......
...nada muda os sentidos...e não foi nada a toa que minha alma tenha sido perdida, não será a toa nada daqui pra frente...não me encontre em seu caminho e não cruze com o meu...chega dessas atrocidades...porque até um bicho...protege por ser racional antes de o ver transformar num animal, caçador...ou caça....no caso.. meu e dele, prováveis leões da grande floresta, que tu cordeiro só te tornas presa.....e não é de nós apenas, é da vida!!!!!!!
Desseca o corpo da alma e verás que espécie de ser te cultivas.....o teu ser próprio, porque ficarás com ele, com tua arrogância e tua novidade....sempre sozinho diante da tua própria consciência....porque não negastes a mão apenas, mas fostes o pior dos covardes da floresta, aquele que come as carniças....que acaba com as esperanças e espalha sangue por todos os lados....
Não imagine-se vitima de mim futuramente, porque é das montanhas que veremos teu desespero de simulador.....
è lá que meu sangue será vingado....é no tempo dele apenas que tudo acontece.......
Das rochas que se rompem e viram pedras....endurecer sem ternura alguma e ensinar a mesma coisa o tempo todo, sem desvios, caminhos ou restrições......
Chegar onde não cheguei e mostrar o quanto ainda sou, srsrsrs, boa noite!
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