Eu tive o pior réveillon de todos os tempos. Sou exagerada, sei disso. Dessa vez, porém, não se trata de aumentar desgraça. Foi tosco. Foi medonho. Foi horroroso.
O bom disso é que, quando você acorda, você pensa: “bom, pior do que isso não pode ficar”. E, com a ajuda de alguns anjos que tenho em minha vida (valeu, MArina e c&a), eu não despertei só literalmente. Rolou a tal epifania, ou o maior chacoalhão da minha vida.
Nos primeiros dias de 2012 eu pesei muito as minhas últimas escolhas, fiz planos de curtíssimo prazo (porque sei que não tenho quase nenhum controle sobre o que acontece comigo), repensei atitudes. Eu comecei a me reformular.
Não vou dizer que estou animadíssima ou que a crise depressiva passou de vez. Os problemas continuam por aqui, todos os dias tenho de tomar meus remédios, na volta a SP preciso arranjar um emprego. Tudo igualzinho. A virada do ano não modificou nada neste sentido.
O que mudou é que finalmente eu cheguei ao fundo do poço. E, olha, não foi bonito. Só que isso me deu uma perspectiva completamente nova de tudo. Muitas verdades minhas desabaram entre o fim de 2011 e o recém iniciado 2012. Está sendo intenso, profundo e doloroso. E, na verdade, exceto a última parte, é exatamente assim que eu gosto da minha vida. Intensa e profunda. Falta trocar o “doloroso” por algo tipo “colorido”, “alegre” ou coisa do gênero. Não sei quando isso vai acontecer. Mas vai.
E uma das verdades que não mudaram é que eu continuo achando que a vida fica muito mais colorida com incontáveis beijos na boca, domingos inteiros na cama e excitantes madrugadas descobrindo o corpo alheio. Corpos. Vamos combinar: eu gosto de corpos. Vários. Ao mesmo tempo.
Em 2011 este blog meio que morreu e renasceu diversas vezes. Em todas elas isso refletia o meu momento. Sempre. Porque este blog é a minha vida. Eu sou a Adriene e ponto final. Então, ele andou esquisitão, deprê, às vezes enigmático.
Por tudo isso, vem comigo. Em 2012, a vida vai voltar a ser colorida.
Se sexo fosse a cura pra uma crise depressiva, as indústrias farmacêuticas venderiam mais viagras do que lexotans, mas as coisas não se resolvem assim tão facilmente.
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