terça-feira, 10 de maio de 2011

Nua (de)dentro das palavras...


O tutano de minhas palavras
Vem de tuas vértebras
Coladas às minhas.
Suor.Caldo quente de volúpia.
O osso. As bocas sugam o sumo.
Supra. Sutra. Cítrico mantra de tua língua
No dorso da pele nua da minha.
O curso sem bússola do rio
Sonoros ais cachoeira adentro.
Ar dentro das águas
Bolhas. Palavras transpiram caladas
Na (es)calada do teu corpo.
Norte ?
Apenas noite.
Primeiro me comeu com os dedos
Enquanto a boca me beijava
Depois me comeu com a boca
Enquanto os dedos eu chupava
Canibal eu me provava
Nos dedos dele
Eu f(u)lu(d)ida
E gozava ainda
Sua boca se lambuzava toda
Enquanto a minha salivava louca
O seu leit(o)e de rio doce
Que se acumulava...
E de repente a explosão
Da sua represa em meu vulcão
A boca lambia a lava que se espraiava
Na praia do meu corpo...arrebentação!

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