Senti uma dor de rasgar o tempo, uma dor de cabeça de matar minhas horas, meus planos, meus versos e me tomou nos braços um homem forte, que fazia parte da minha vida há tempos.
Alguém pra cuidar de mim, libertar-me.
Me ofereceu gentilezas e a vontade de cuidar-me, saudade do meu corpo interessante, que se perde em carne dissolvida em princípios debilitados de uma vida seguida de insanidades.
Não faço parte da tribo de ninguém, faço parte da minha tribo>: careta, á parte e bem resolvida.
Começo a ter danos d memórias absolutas, não sei mais distinguir um sonho de uma realidade, eis que o tempo dissolve meus sentimentos mais puros, há uma substituição das delicadezas envolvidas por coisas duras e fartas.
Ao amor .....que tenho tanto apreço, peço sempre que ele chegue, porque ele está em mim.
E do mais puro, dos maiores.
Eu amo demais e sonho com expectativa de como pode ser seu rosto.
Que seja bonito, delicado assim como o que sinto.
Não dissolvo em mim.
Preciso de um tempo para rever as mazelas e os danos, chega pra mim desse mundo tortuoso, onde as pessoas se escondem através de fortalezas mal ditas e drogas que os transformam em pessoas bem- estabelecidas, gentis, e comunicativas e muitos na verdade, nem percebem o mal- estar que virá ao se olharem francamente no espelho e perceba o lixo que se auto- destrói a cada dia.
Vi situações, pessoas e coisas, senti-me tão frágil por não poder fazer exatamente nada por eles, porque no momento faço apenas por mim e pelo outro que carrega em si um risco que eu causei pra nós dois. Imbecil!!! È assim que me chamo, como fui capaz de ser idiota ao extremo e ter entregue ao mundo a parte inteira que me seduz em mim mesma ?
Olhei meus remédios, pensei por quantas vezes olhei para eles querendo misturar todos e acabar com tudo que eu sentia , mas é tão diferente pensar no outro antes de mim.
Já resolvi uma parte, preciso resolver outras, tem um sufoco em mim, que preciso colocar pra fora, mas preciso de alguém que eu queira me ver assim....não sei em quem pensar ainda.
Não quero retroceder, nunca mais...mesmo virando o tempo todo meu mundo de cabeça pra baixo, sentir o ardor das palavras esmagadoras que passam sobre mim nesse tempo, de que eu precisava extremamente de pessoas com quem me sentisse segura do lado, e o que eu tenho ?
Por muitos e de muitos, mas não todos... uma infiel amizade que desdenha dos meus problemas, que me esmaga pra pessoas que nem sequer nunca vi.
Quantas vezes precisaram de mim e eu estive lá? Quantas vezes eu deva ter sido gentil? Habilidosa ? Carinhosa ? Cuidadosa ? Amiga ? Discreta ? Quantas vezes fui o racional quando eles não poderiam ser? Quantas vezes eu deva ter sido o ombro ? Quantas vezes eu deva ter sido a mão do fundo do poço para puxá-los ? Quantas vezes senhor ?
E o que sou agora pra eles? Uma doente, que não serve pra nada, que merece o rancor, as palavras mal ditas, a incrédula, a formiga sem pedaços? um corpo sem alma ? Ou até mesmo um doido que perturba, o que isso meu Deus?
O que querem ? O que pretendem ? Me afundar ? Me jogar no mesmo poço que me deixaram ?
Que maldita é essa devolução que tenho deles, e como posso chamá-los de pessoas queridas desse jeito?
Não posso mais seguir com eles, por eles...não quero!!
Tem uma boa fase em mim, boas pessoas ao meu lado e muitas coisas boas acontecendo, cada dia melhor e crescendo que vem, virá e será...como sempre eu mesma fui...
Mas não me peçam desculpas, costumo muito fazer isso, mas não quero essa devolução, pois o tempo dos perdões já foi...era...se foi !!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário