segunda-feira, 25 de abril de 2011

Evito o espelho.

Evito com cautela o espelho.
coisa difícil é tentar se esquecer.
coisa mais triste é sofrer.
Ligo o radio pela manha dando o prazer
de me deliciar com musicas sem eco.
brincando com o tempo,
Deixo as lembranças entrarem junto ao café
Posso sorrir, mais para dentro que para fora.
Posso pensar em nada.
Rio daquilo que não sou, que nunca serei.
Um desalinhar de uma mulher seduzindo com silencio.
Falando baixo.
A sobriedade, domínio de si mesma. beleza preenchendo o nada.
Sou apenas a que evita espelhos e fala alto para abafar pensamentos.
Assim, um ser humano antes da carne. e então eu me lembro de coisas,
de tempos, de promessas. fujo de sonhos, esqueço amores, não olho no espelho.
Sou vil e fraca.
E quanto mais me evito mais me encontro,
como ser na superfície como eles são?
Deixa a música embalar meu sonho.
Imagino ser tão especial.
Deixa eu me ver um pouco por seus olhos.
Eu que queria ser um pouco nos seus olhos.

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