Sublime da forma que achar melhor
Mas saia, saia de mim
Exploda de alguma forma
Exale o odor da perda, do desespero
Feda, transborde esse terror
Esse temor, esse calor
Calor vermelho, vermelho calor,
Calor, calor...
Ora repetição, saia daqui
Pare de repetir
Inove, venha azul
Sinta, sinta o sublime prazer dessa dança
Consegue sentir?
È uma dança leve que junta dois e resta um,
aquele que ainda tem coragem de sentir,
de entregar-se
de dizer que ama.
Vem com as ondas, balança, tintilinta no ar
Leveza que me leve,
Ar que suba como bolhas de sabão
Flutue, evapore, suba, suba no ar
Exale novamente, já não está vermelho.
Não está.
Feche os olhos, consegue sentir?
A solidão de quem te acompanha, a frieza de quem tu amas só.
Tintilinda, ó som do silencio
Silencio que emudece a fala
Não quero ouvir nenhum movimento agora
Bata, bata o som da melodia que reconforta
Violão, tamborim e sonoridades desconhecidas
Desconhece-me, desafio-te, saia!
Já que quase não te sinto.
Desprendo-me de ti,
Quantos tempos verbais
Frases desconexas, rimas ao chão, feche os olhos
Consegue sentir?
Ainda expressa em mim a esperança,
antes de meu desapego.
Tento-me ir, solto dessas mãos
Sinto o vento bater mais forte
Estar sozinha é sentir mais frio
Mas o cobertor é meu, só meu
Adormeço sozinha, no reconforto de mim mesma
Sinto a companhia de estar só
Reconforta-me
Realmente estou azul agora,
azul claro cor do céu, sozinho, estável
sinto as nuvens passarem
são leves, passam, voam
cada um voa para o seu lugar
consegue sentir?
Fui por mim, senti que te amava sozinha,
Te guardo na esperança de um dia sentir.
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